O controle e o monitoramento eficientes dos gastos e investimentos de uma empresa são imprescindíveis para que as finanças fiquem em dia com a realidade do negócio. Dessa forma, o real conhecimento da entrada e saída de fundos da empresa gera um ambiente mais adequado para a realização de projetos e inovações. E, para isso, existem duas categorias básicas de despesas empresariais: o CAPEX e o OPEX.

Mas qual é a diferença entre CAPEX e OPEX e quais as vantagens e desvantagens de cada um? Continue lendo este post e fique por dentro desse importante assunto para seu empreendimento.

Qual a diferença entre CAPEX e OPEX?

CAPEX

CAPEX (em inglês, CAPital EXpenditure, ou despesas de capital em português) são os fundos que um negócio usa para adquirir bens físicos ou serviços que vão expandir a capacidade da companhia de gerar lucro. Os ativos adquiridos podem ser uma nova posse ou algo que melhore a produtividade de algum equipamento ou setor. Essas aquisições podem incluir, por exemplo, hardware (como impressoras ou computadores), veículos para transportar bens ou a construção de um novo prédio.

O tipo de indústria em que um negócio está inserido influencia amplamente na natureza das despesas de capital.Se a vida útil de um bem se estende para além do ano fiscal, então a companhia deve capitalizar essa despesa usando amotização (no caso de propriedades intelectuais, como patentes) ou depreicação (no caso de bens tangíveis, como equipamentos), com o intuito de distribuir o custo desse bem sobre sua vida útil designada pelos regulamentos fiscais.

OPEX

Já o OPEX (em inglês, OPerational EXpenditure, ou despesas operacionais em português) é o resultado dos custos contínuos que uma empresa tem para se manter funcionando. Em contraste com o CAPEX, as despesas operacionais são completamente dedutíveis de impostos no mesmo ano em que são realizadas.

Como despesas operacionais são o “grosso” dos gastos habituais de uma empresa, um gerenciamento bem feito deve introduzir modos de diminuir esses gastos sem causar quedas na qualidade dos produtos e serviços ou na taxa de produção.

Alguns exemplos de despesas operacionais incluem: taxas de licenças, manutenção e reparos, publicidade, despesas de escritório, honorários de advogados, seguro, administração e taxas sobre a propriedade, despesas com viagens e veículos, locações, folha de pagamento e matérias primas.

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Um pouco mais sobre o uso das duas categorias

Por vezes, um item que normalmente seria obtido por meio de despesas de capital pode ter seu custo atribuído para despesas operacionais se a companhia decidir por alugar ou arrendar o item em vez de comprá-lo. Essa decisão pode ser financeiramente atrativa se a empresa tiver um fluxo de caixa limitado e quiser deduzir o custo total do item dentro do ano fiscal.

Quais as vantagens e desvantagens de cada um?

Em perspectiva dos impostos e das taxas sobre os lucros, empresas têm preferido o OPEX ao CAPEX. Por exemplo, em vez de comprar equipamentos, você opta por alugá-los.

Essa preferência se justifica quando comprar equipamentos se encaixa em despesas de capital. Portanto, mesmo que a companhia tenha uma grande despesa na aquisição de um dispositivo, a dedução de impostos será apenas de um percentual de todo o custo e só acontecerá no mesmo ano da compra.

Por outro lado, o valor total pago pelo empréstimo do equipamento é um gasto operacional, pois é incluído no funcionamento diário do negócio. A companhia pode, então, deduzir todo o montante gasto naquele ano como despesas.

A vantagem de poder deduzir despesas é a redução do imposto sobre a renda, que é incidente sobre o lucro líquido. Outra vantagem é o valor temporal do dinheiro (em inglês, Time Value of Money – TVM). Por exemplo, se o seu gasto com capital é de 5%, então é melhor economizar R$ 100,00 neste ano do que um pouco mais no próximo.

No entanto, impostos não são a única consideração a se fazer. Se uma organização deseja aumentar seus proventos e seu valor contábil, ela pode optar por realizar despesas de capital e somente deduzir uma pequena porção como gasto.

Isso vai resultar em ativos com mais valor de mercado no balanço patrimonial e também em lucros líquidos maiores para serem relatados aos investidores.

E agora, qual modelo escolher?

A decisão de escolher OPEX em vez de CAPEX (ou vice-versa) como um meio de reconhecer e adequar os gastos da empresa deve ser baseado sobre um conhecimento mais aprofundado do papel dos gastos com capital dentro da companhia.

Muitas organizações ficam limitadas pelos mercados ou por credores privados em relação à quantidade de despesas de capital a que elas podem ter acesso. Investimento de capital é muito restrito, especialmente em tempos de crise financeira.

Portanto, as empresas habitualmente querem direcionar seus investimentos para atividades que gerem receita. É por isso que há tanta preferência pelo empréstimo/aluguel do que pela compra — evitando imobilizar capital. Isso explica porque qualquer iniciativa para se reduzir dispendiosos investimentos de capital e transformá-los em despesas operacionais mais suaves é muito atrativa para os empreendedores.

Um exemplo tecnológico: data center

Para entendermos melhor a diferença entre CAPEX e OPEX, vamos usar um exemplo prático e muito importante para a inovação nas empresas.

Tradicionalmente, um data center local é considerado uma despesa de capital, uma vez que inclui a compra de servidores, hardwares de armazenamento e softwares de licença. Além disso, ter um data center local envolve uma porção de outros gastos diretos relacionados com o funcionamento do servidor (energia, espaço, armazenamento e equipes de TI), além de gastos indiretos como redes e infraestrutura.

Em contrapartida, um data center hospedado na nuvem não envolve grandes investimentos iniciais, uma vez que ele é mantido e administrado pelo provedor contratado, removendo as despesas de capital associadas a servidores ou data centers. Isso libera a empresa das despesas de capital como também elimina as despesas operacionais pertinentes  da manutenção de um data center.

Infraestrutura como serviço (IaaS)

IaaS (Infrastructure as a Service ou Infraestrutura como Serviço, em português) permite que organizações coloquem toda a infraestrutura do negócio na nuvem, pagando pelo uso dos recursos como um serviço e não como um produto.

A transformação mais perceptível é a remoção de servidores locais que passam a operar em máquinas virtuais na nuvem, o que traz vantagens em termos de escalabilidade, manutenção, gastos, portabilidade e flexibilidade.

Com esse modelo, os gastos CAPEX com equipamentos e hardwares de servidores e armazenamento são transformados em gastos OPEX referentes aos serviços em nuvem.

As diferenças e vantagens do CAPEX e OPEX são várias e cada empresa deve analisar onde e como cada tipo de despesa se encaixa melhor nos objetivos e metas de crescimento do negócio.

No entanto, no quesito de investimentos em tecnologia, a diferença entre CAPEX e OPEX ficam mais nítidas. Aqui o OPEX se mostra economicamente mais vantajoso por ser mais flexível e mais fácil de contabilizar. Migrar para a nuvem e focar nas despesas operacionais pode ser extremamente benéfico para sua companhia.

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