Scrum

A competitividade no cenário corporativo já é algo bastante comum. Muitas companhias têm buscado se manter eficientes para entregar produtos e serviços cada vez mais rapidamente. Para isso, é preciso ser ágil: fazer entregas contínuas, incrementais e frequentes. E com o Scrum, isso é possível.

Na busca por resultados, oferecer eficiência, segurança, qualidade e celeridade é essencial. E aí os métodos ágeis, como o Scrum, são bastante utilizados. Eles propõem uma nova forma de gerenciamento e desenvolvimento de software, que torna a solução de um problema mais simples e objetiva ao dividi-lo em elementos menores.

A ideia é minimizar as incertezas dos projetos e lidar com os imprevistos de maneira mais natural e rápida. Isso melhora a comunicação entre os integrantes da equipe e, consequentemente, aumenta a satisfação dos clientes.

Para isso, é usado o gerenciamento de projetos incremental com ciclos de desenvolvimento rápido. As vantagens são a melhoria contínua, a frequente resolução de problemas e o aumento da produtividade.

Entre os métodos ágeis mais usados podemos citar: Feature Driven Development (FDD), Extreme Programming (XP), Microsoft Solutions Framework (MSF), Dynamic System Development Model (DSDM) e Scrum, que é o foco deste artigo.

Scrum

Scrum é, sem dúvida, o método ágil mais usado atualmente. Pode ser integrado a outros métodos ágeis com facilidade e aplica-se não só ao desenvolvimento de software, mas a qualquer ambiente de trabalho. Trata-se de um conjunto de diretrizes e ferramentas para a resolução de problemas.

O nome foi emprestado do rugby e a inspiração vem da união necessária para vencer o jogo. Sua maior vantagem é a simplicidade, além disso, ele é extremamente útil quando é difícil prever problemas futuros.

No universo do desenvolvimento, é comum que haja alterações no escopo, imprevistos, bugs e afins. Para entregar um produto final de qualidade é preciso ter regras para a acomodação de mudanças — ou isso pode se tornar um ciclo sistemático de perda de tempo. As estratégias do Scrum ajudam a vencer cenários assim.

Funcionamento

O Scrum tem como foco a gestão do projeto e, para isso, usa o planejamento iterativo e incremental feito por fases, chamadas de sprints. Desde o início, define-se a lista de funcionalidades a serem desenvolvidas, o product backlog.

Cada funcionalidade vira um sprint e passa para o sprint backlog. De lá, as atividades são distribuídas e a equipe deve desenvolvê-las dentro do prazo. No final da sprint, há uma reunião de revisão e, em seguida, começa o planejamento da próxima fase. E assim sucessivamente, até que o produto final esteja pronto.

A equipe é multidisciplinar e auto-organizada, ou seja, não há hierarquia nem a figura de um líder. O grupo decide, em conjunto, qual é a melhor forma de fazer o trabalho. Existem três papéis fixos para garantir o bom andamento do trabalho:

Product Owner (dono do produto)

O dono do produto é quem vai garantir a qualidade do trabalho. Ele representa a voz do cliente e é responsável por traduzir as histórias dos usuários em uma lista de tarefas concretas, que expresse claramente quais funcionalidades devem ser desenvolvidas e suas prioridades de forma objetiva.

Scrum Master

Sua função é orientar os profissionais, facilitar o bom andamento dos jobs e garantir que todos tenham as condições de fazer seu trabalho (removendo barreiras, por exemplo). Normalmente, é quem melhor conhece as regras do Scrum e, por isso, consegue organizar o trabalho de maneira mais efetiva.

Desenvolvimento

Esse grupo trabalha em conjunto para cumprir as metas. É quem vai efetivamente pôr a mão na massa. Embora haja diferentes cargos, todos têm o mesmo título: desenvolvedor.

Eventos

Na metodologia Scrum, todos os eventos têm duração fixa de tempo. Isso evita reuniões longas e ineficientes, mas mantém a comunicação clara, objetiva e ágil. Conheça as opções de eventos:

Sprint

São os ciclos de desenvolvimento do Scrum, ou seja, o período de tempo (recomenda-se de uma semana a um mês) definido para o cumprimento de uma determinada tarefa. Idealmente, deve-se ter um produto concreto e funcional ao fim da sprint. Ao término de uma, outra é iniciada imediatamente.

Durante a sprint tanto os objetivos estabelecidos para o ciclo quanto os profissionais integrantes da equipe devem ser mantidos. Isso é fundamental para garantir a produtividade. Sprints são compostas por etapas menores: reuniões de planejamento, reuniões diárias, desenvolvimentos, revisões e retrospectivas.

Reunião de planejamento

Nesta reunião são definidos todos os objetivos da sprint. Para uma sprint de um mês, é recomendável que tenha duração de oito horas. Se for uma sprint de uma semana, deve ter duração máxima de duas horas. Duas perguntas devem ser respondidas:

  • O que será entregue como resultado?
  • Como será feito o trabalho para obter esse resultado?

Reunião diária

Todos os dias, a equipe se junta para um bate-papo de, no máximo, 15 minutos para revisar o andamento do projeto. Cada integrante deve responder às seguintes perguntas:

  • O que consegui completar ontem?
  • O que farei hoje?
  • Quais obstáculos impedem o meu progresso?

O Scrum Master conduz a conversa e tenta, ao máximo, solucionar os obstáculos para que a sprint seja bem-sucedida.

Revisão

A ideia é revisar todos os itens desenvolvidos e demonstrar o resultado. Para sprints de um mês, a duração da reunião é quatro horas.

Retrospectiva

Quando a sprint acaba, é hora de olhar para trás e avaliar o processo: analisando o que deu certo, o que deu errado e o que pode ser melhorado.

Exemplo

Um cliente quer lançar um jogo. O Product Owner faz um briefing e levanta as necessidades do produto. Depois, se reúne com a equipe de desenvolvimento para definir as tarefas e cria uma lista de atividades. O Scrum Master organiza as reuniões e cuida para que todos entendam as tarefas.

A equipe decide entregar a tela inicial do game em uma semana e divide o objetivo em tarefas menores. Cada um escolhe que tarefas quer fazer, define um prazo de duração em horas para cada tarefa e, diariamente, participa das reuniões diárias de acompanhamento do projeto.

Uma semana depois, o resultado é apresentado e a equipe reflete sobre dificuldades e melhorias para a próxima semana. Mais importante, porém, é que a equipe entregou um produto parcial para o cliente. Com o feedback de todos, decide-se quais tarefas serão feitas na próxima sprint e o ciclo recomeça!

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