As Cidades Inteligentes, ou Smart Cities, podem ser difíceis de serem explicadas. No entanto, de forma resumida, elas caracterizam-se pelo uso da TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) e, em especial da computação em nuvem, para apoiar o desenvolvimento humano e social e promover a qualidade de vida dos cidadãos.
O conceito de Cidades Inteligentes surgiu na década de 90, objetivando conceituar e fortalecer o desenvolvimento urbano através e dependente da tecnologia, inovação e globalização.
Para que uma cidade seja considerada uma Smart City, ela precisa estar dedicada em impulsionar as seguintes áreas:
- Investimento em capital humano;
- Investimentos sociais;
- Infraestrutura moderna de TIC.
Entre as instituições que classificam as Smart Cities, há um ranking criado pelo Centro de Globalização e Estratégia do Instituto de Estudos Superiores – IESE, que indica as cidades mais inteligentes do mundo. O estudo acompanha o desenvolvimento de 174 cidades avaliando as seguintes questões:
- Capital humano;
- Coesão social;
- Economia;
- Meio ambiente;
- Governança;
- Planejamento urbano;
- Alcance internacional;
- Mobilidade e transporte;
- Tecnologia.
Em seu último relatório (2020), a IESE indicou as cidades mais inteligentes do mundo:
- Londres (Reino Unido)
- Nova York (Estados Unidos
- Amsterdã (Holanda
- Paris (França)
- Reykjavik (Islândia)
- Tóquio (Japão)
- Cingapura
- Copenhague (Dinamarca)
- Berlim (Alemanha)
- Viena (Áustria)
Já no ranking Connected Smart Cities 2022, Curitiba foi premiada como a Cidade Mais Inteligente e Conectada do Brasil. O anúncio e a entrega do troféu ao prefeito Rafael Greca foram feitos, no Connected Smart Cities Forum, no mês de outubro, em São Paulo.
A capital paranaense já havia liderado o ranking em 2018, passando para o terceiro lugar nas três últimas edições. Em 2022, Curitiba mais uma vez foi a primeira colocada, superando Florianópolis (SC) e São Paulo (SP).
A cidade também ficou em primeiro lugar na categoria Empreendedorismo, mesma colocação do ano passado, e em segundo em Tecnologia e Inovação.
A relação da computação em nuvem com as Cidades Inteligentes
Uma das principais tecnologias de computação em nuvem adotadas pelas cidades inteligentes é a Internet das Coisas (IoT).
Os sensores presentes nos dispositivos de IoT são instalados em vários pontos da cidade, coletam dados e os enviam instantaneamente para a nuvem. Com estas informações, os gestores públicos podem identificar pontos de melhorias no trânsito ou meio-ambiente, por exemplo.
A função da computação em nuvem neste caso é essencial, afinal, todos os dados coletados precisam ser armazenados em um ambiente seguro e com a escalabilidade necessária para lidar com a constante incorporação de dados. A nuvem ainda permite que uma quantidade grande de dados sejam analisadas em tempo real, essencial para um ambiente urbano que nunca para.
Além do uso de sistemas, sensores e dispositivos, a computação em nuvem é fundamental para Cidades Inteligentes, pois permite que os governos:
- Reduzam custos, já que não haverá necessidade de investir em hardware e software e gerenciar a infraestrutura.
- Escalem à medida que surjam demandas de TI.
- Garantam uma melhor performance.
- Melhorem a segurança e a proteção de dados, de aplicativos e infraestrutura da cidade.
- Mantenham a continuidade dos negócios com backup de dados e disaster recovery facilitados.
Adotando a computação em nuvem, aliada à outras soluções para Cidades Inteligentes, os gestores conseguem oferecer à comunidade uma gama de benefícios:
- Melhora na segurança de informações públicas sensíveis.
- Modernização dos serviços públicos.
- Sistemas de transporte conectados, acessíveis, eficientes e sustentáveis.
- Inovação urbana e aprimoramento dos serviços aos moradores.
É importante que os gestores de Cidades Inteligentes não se limitem apenas à instalação de sensores para coletar informações. É preciso que se concentrem, principalmente, na modernização da infraestrutura existente para ajudar na coleta, processamento e análise de dados, aproveitando ao máximo os recursos que a nuvem oferece.